A gravidez é um momento de grande importância na vida das mulheres. Todas as maravilhas de gerar uma vida trazem também algumas mudanças no corpo. Ganho de peso, crescimento das mamas, flacidez da pele e enfraquecimento da musculatura são algumas das consequências da gestação.

Durante as 40 semanas em que o bebê se desenvolve no útero, a mulher ganha, em média, 10 quilos. Por isso, o aumento da gordura corporal costuma ser a modificação mais perceptível e difícil de eliminar após o parto.

Com o aumento abdominal, pode surgir também o deslocamento da musculatura desta região. Conhecida como diástase, esta situação é caracterizada por uma linha afundada que vai desde a região do peito até o umbigo.

Isso acontece porque durante a gravidez, devido aos hábitos da gestante e de seu porte físico, as fibras musculares retas que dão sustentação ao abdômen sofrem estiramento além do suportado pelo organismo e formam um leve buraco entre os dois lados da musculatura.

Como prevenir

Mulheres que praticam exercícios antes de engravidar são menos propícias a desenvolver diástase. Manter uma alimentação equilibrada, sob a supervisão de nutricionista, também é importante, pois evita o sobrepeso e o distanciamento dos músculos. Com acompanhamento especializado, durante a gravidez é preciso incluir atividades leves para se manter longe do sedentarismo.

Tratamento

A diástase é uma condição física que não impede novas gestações. Normalmente, com o passar do tempo, ela retrocede e a musculatura volta a seu estado original. Porém, em alguns casos, a condição permanece e, em grau leve, pode ser revertida com exercícios abdominais que fortalecem a região e tornam a separação imperceptível.

Diástases mais evidentes podem ser corrigidas com cirurgia plástica. O procedimento mais indicado é a abdominoplastia. Nestes casos, o médico membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica remove o excesso de gordura na região inferior do abdômen, restaura os músculos enfraquecidos ou separados, deixando-os mais próximos, com aparência suave e tonificada.

Cada caso deve ser analisado individualmente pelo cirurgião plástico que indicará o melhor tratamento e dará orientações sobre os períodos pré e pós-operatório, repouso e tempo de recuperação, que pode ser diferente para cada pessoa.

De forma geral, quem passa pela abdominoplastia deve evitar esforço físico por cerca de 40 dias, não se expor ao sol por duas semanas, não molhar os curativos e dormir de barriga para cima nas primeiras três semanas.